sexta-feira, 3 de junho de 2011

Se não sabe: LEIA!!!

                                                    
             O que faz o Engenheiro Ambiental?


    Um engenheiro ambiental  é um profissional que trabalha nas áreas de bioprocessos e biotecnologia, energia, controle de poluição, recuperação de áreas, licenciamento, planejamento e gestão ambiental. O engenheiro ambiental pode assessorar empresas, órgãos públicos e ONGs.
  
   Entre as responsabilidades de um profissional formado em engenharia ambiental estão:


  • -Avaliar efeitos de um processo ou produto sobre o meio ambiente.
  • -Criar mecanismos para diminuir os impactos ambientais na produção industrial.
  • -Avaliar diferentes fontes de energia.
  • -Reduzir o impacto de atividades industriais, urbanas e rurais sobre o meio ambiente.
  • -Monitorar a qualidade da água e do ar.
  • -Elaborar relatórios de impacto ambiental e planos para o uso de recursos naturais.
  • -Estudar meios de reutilização de resíduos.
  • -Desenvolver e executar projetos de recuperação de áreas poluídas ou degradadas.

      O salário médio de um engenheiro ambiental recém-formado é de R$ 3.000,00. O curso de engenharia ambiental tem duração média de cinco anos.
O mercado de trabalho é promissor para o profissional da área, principalmente por conta da realização de obras de infraestrutura, que precisam de engenheiros ambientais principalmente para o trabalho de controle da poluição.


Leia mais: http://explicatudo.com/o-que-faz-um-engenheiro-ambiental#ixzz1ODbRrjNh

domingo, 10 de abril de 2011

Você tem que conhecê-los...

Genebaldo Freire

 Formação: 
Bacharel (BD)) , Mestre (M.Sc) e Doutor (PhD) em Ecologia, UnB, Brasília, DF.


Ocupação atual: Professor, Pesquisador e Diretor do Programa de Mestrado e Doutorado em Planejamento e Gestão Ambiental da Universidade Católica de Brasília (UCB), onde também coordena o Projeto de Educação Ambiental.



Principais Livros Publicados:

- Populações marginais em ecossistemas urbanos (IBAMA, Brasília)
- Educação Ambiental – princípios e práticas (Gaia, SP)
- Atividades interdisciplinares de educação ambiental (Gaia, SP)
- Pegada Ecológica e sustentabilidade humana (Gaia, SP)
- Ecopercepção (Gaia, SP)
- Antropoceno – iniciação à temática ambiental (Gaia, SP)
- 40 contribuições pessoais para a sustentabilidade (Gaia, SP)
- Educação e Gestão ambiental (Gaia, SP)
Em processo de publicação:
- Fogo, sonhos e desafios (Prevfogo/Ibama, Brasília, DF);
- Queimadas e Incêndios Florestais – cenários e desafios: subsídios para a educação ambiental (Prevfogo/Ibama, Brasília, DF);
- Mudança ambiental global – cenários, desafios, governança e oportunidades (prelo);
- Relatório Homo Sapiens (prelo)
- Dinâmicas e experimentação para educação ambiental (prelo)

Principais cargos exercidos na área ambiental:

- Diretor da Área de Controle de Poluição da Secretaria Extraordinária do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do DF , 1987/1988;
- Secretário Adjunto da Secretaria de Ecossistemas da SEMA/MINTER, novembro ,1988;
- Chefe da Divisão de Educação Ambiental do IBAMA, Brasília, 1989;
- Diretor do Parque Nacional de Brasília (Parque da Água Mineral), IBAMA , Brasília, 1992/95 e Coordenador do Núcleo de Educação Ambiental (1998 – 2006);
- Coordenador do Projeto de Educação Ambiental da UCB (1999- );
-Coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação Ambiental do Prevfogo- Centro Nacional de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais /Ibama, Brasília, DF (2007 - );
- Diretor do Programa de Mestrado e Doutorado em Planejamento e Gestão Ambiental da Universidade Católica de Brasília (2008 - ).



Experiência como professor:

Regência no 2º Grau
- Professor de Física, Colégio Estadual Duque de Caxias, Salvador, Bahia (1970-1973);
- Professor de Ciências, Inglês, Química, Física e Biologia da Fundação Educacional do DF, Brasília, DF ( 1974-2002)
- Professor de Química e Biologia do Centro Educacional La Salle, Brasília, DF, (1976- 1987);
Regência na Graduação:
- Professor da UCB nas seguintes disciplinas e cursos: “Métodos em Educação Ambiental” no Curso de Engenharia Ambiental; “Fundamentos de Educação Ambiental”, “Ecologia Urbana” , na Biologia; “Gestão Ambiental”, Administração.
Regência na Pós- Graduação
- Professor da disciplina “Proteção do Meio Ambiente” no III Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho, Depto. Engenharia Mecânica, Universidade de Brasília (1989);
- Professor da disciplina Ecologia Humana no Curso Latu Sensu “ Ensino de Ecologia “ , Universidade Católica de Brasília ( 1991) ;
- Professor do “ Curso de Especialização em Educação Ambiental” da Universidade de Brasília, promovido pela CAPES/CNPq/UNESCO, Brasília (1988);
- Professor do “Curso de Especialização em Educação Ambiental “ da Universidade Federal do Mato Grosso, promovido pela UNESCO/CAPES/CNPq/IBAMA/OREALC, Cuiabá, MT ( 1992) ;
- Professor do “ Curso de Especialização em Educação Ambiental “ da Universidade Estadual de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Florianópolis, SC (1993, 1996, 1998,1999 e 2000 ) ;
- Professor do Curso de Especialização em Educação Ambiental e do Mestrado e Doutorado em Planejamento e Gestão Ambiental da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Católica de Brasília, Campus II, Brasília, (1997 - 2007);
- Professor no Mestrado em Gestão do Turismo e Meio Ambiente, da Universidade Latino-Americana e do Caribe, convênio com Universitat de les Illes Balears, Brasília, DF, 1999;
- Professor do Curso de Especialização em Educação Ambiental da Universidade Potiguar, Natal, RN, 1999;
- Professor do Curso de Especialização em Gerenciamento Ambiental da Universidade Católica de Salvador (1999- 2007).


Consultorias

Área de Atuação
O prof. Genebaldo Freire atua como consultor independente, nas seguintes áreas:
- Implantação de Programas/Projetos de Educação Ambiental em instituições/empresas; pré-requesitos para a implantação de programas de gestão ambiental;
- Promoção de conferências e palestras de sensibilização sobre a temática ambiental;
- Promoção de cursos de formação para professores em fundamentos de educação ambiental, elaboração de projetos e cursos de atualização em práticas interdisciplinares de educação ambiental;
- Elaboração de recursos instrucionais e institucionais;
- Execução de auditorias em programas de aducação ambiental implantados.
Referências Principais:
1. Planejou, desenvolveu, implantou e avaliou o Programa de Educação Ambiental da Cetrel S.A., Pólo Petroquímico de Camaçari, Bahia (www.cetrel.com.br). Desenvolveu a Agenda 21 da Cetrel, a primeira unidade industrial brasileira a ter uma Agenda 21. Essa empresa de proteção ambiental, detentora do Sistema Integrado de Gestão (ISO-9000, ISSO-14.000 e OHSAS-18.000) ganhou vários prêmios da área ambiental e o Prêmio Nacional de Qualidade. É consultor da Cetrel desde 1997.
2. Planejou, implantou e avaliou o Programa de Educação Ambiental da Universidade Católica de Brasília (1999 – 2007), composto de etapas de diagnóstico, sensibilização e implantação de elementos de gestão ambiental como coleta seletiva, compostagem, preciclagem, central de reuso, conservação de energia elétrica, conservação da qualidade sonora, racionalização de uso da água (reuso), criação de corpo de voluntários e outros (www.ucb.br).
3. Planejou, implantou e coordenou o Programa de Educação Ambiental do Parque Nacional de Brasília (Ibama, DF). Desenvolveu estratégias de atendimento ao público interno e externo. Montou o Centro de Visitantes e implantou diversos elementos de interpretação sócio-ambiental (ilha da meditação, riachinho, labirinto e outros elementos de senso-percepção) (1999 a 2006);
4. Universidade Livre do Meio Ambiente de Curitiba. Durante quatro anos formou grupos de pessoas da área ambiental, em fundamentos de Educação Ambiental (1992 a 1997).


Principais instituições onde desenvolveu trabalhos de consultoria, auditoria, conferências, palestras e/ou outras atividades na área sócio-ambiental:
Major institutions where work has developed expertise, audit, conferences, lectures and / or other activities in the socio-environmental:


Acesita, Oikós, Timóteo, MG
Braskem S.A , Pólo Petroquímico de Camaçarí, BA
Caesb, DF
Casa Civil – Presidência da República
Cetrel S.A., Pólo Petroquímico de Camaçarí, BA
COFIC – Pólo Petroquímico de Camaçarí, BA
Companhia Siderúrgica Tubarão – CST, ES
Deten Química S.A., Pólo Petroquímico de Camaçarí, BA
Embaixada dos Estados Unidos, Brasília, DF
Embraco, Joinville, SC
Embrapa, DF
Fundação Roberto Marinho
Gerdau Açolongos (Barão de Cocais, MG; Salvador, BA)
Gerdau Açominas, Biocentro, Ouro Branco, MG
Michelin, BA
Organização Mundial de Saúde – ONU, México
Petrobrás, RJ, RN, BA
Secretarias de Estado de Educação (todos os estados, menos Acre Rondônia e Mato Grosso);
Secretarias de Meio Ambiente (todos, menos Acre e Rondônia)
Senai
Senar
Sesi
STF
STJ
TST
Suape
White Martins, RJ-BA
Epagri, Tubarão, SC


Algumas cidades onde atuou: 

Some cities in Brazil where he served:
Altinópolis, SP
Alcobaça, BA
Aracaju, SE
Barão de Cocais, MG
Brasília, DF
Belém, PA
Belo Horizonte, MG
Betim, MG
Blumenau, SC
Boa Vista, RR
Bonito, MS
Buíque, PE
Campo Grande, MS
Camaçarí, BA
Caravelas, BA
Costa do Sauípe, BA
Crato, CE
Cuiabá, MT
Curitiba, PR
Encantado, RS
Estância, SE
Florianópolis, SC
Fortaleza, CE
Foz do Iguaçu, PR
Goiânia, GO
Guaramiranga, CE
Guarapuava, PR
Guarulhos, SP
Ilhéus, BA
Itabaiana, SE
Itabuna, BA
Itapé, BA
João Pessoa, PB
Joinville, SC
Londrina, PR
Macapá, AM
Maceió, AL
Manaus, AM
Maringá, PR
Não me toque, RS
Neópolis, SE
Novo Hamburgo, RS
Ouro Branco, MG
Palmas, TO
Piracicaba, SP
Porto Alegre, RS
Propriá, SE
Recife, PE
Ribeirão Preto, SP
Rio Grande, RS
Rio de Janeiro, RJ
Rio Verde, GO
São José dos Pinhais, PR
Salvador, BA
Santa Maria, RS
Santa Rosa, RS
São Leopoldo, RS
São Luiz, MA
São Paulo, SP
Suape, PE
Teresina, PI
Timóteo, MG
Toledo, PR
Tubarão, ES
Vitória, ES

Michele Tomoko Sato


Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2
MICHÈLE SATO possui licenciatura em Biologia, mestrado em Filosofia, doutorado em Ciências e pós-doutorado em Educação. É docente associada no Programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade Federal de Mato Grosso [UFMT], sendo colaboradora nas universidades federais de São Carlos [UFSCar, SP] e Rio Grande [FURG, RS], além da Universidade de Santiago de Compostela [Espanha]. Colabora nas comissões editoriais de diversos periódicos e é articuladora de diversas redes potencialmente ambientais. Possui várias experiências nacionais e internacionais na área de Educação Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: fenomenologia - sustentabilidade - ecologismo - arte - mitologia. É bolsista produtividade do CNPq e também escreve crônicas e poesias.
Trabalhos técnicos
1.SATO, Michèle . Editora científica da Seção Educação Ambiental da Revista de Educação Pública/UFMT. 2010.
2.SATO, Michèle . Parecerista Ad Hoc EdUFMT. 2010.
3.SATO, Michèle . Revista de Gestão Costeira Integrada/ Journal of Integraded Coastal Zone Management. 2010.
4.SATO, Michèle . 11ª Edição da Revista da Faculdade de Educação/UNEMAT. 2009.
5.SATO, Michèle . Comitê de Avaliação da FAPEMAT. 2009.
6.SATO, Michèle . Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPQ - Nível 2. 2009.
7.SATO, Michèle . Revista da Faculdade de Educação/UNEMAT. 2009.
8.SATO, Michèle . 3ª Revista "Viva - Extensão em Revista". 2007.
9.SATO, Michèle . Do porto seguro ao acaso histórico. 2006.
10.SATO, Michèle . Programa Mato-grossense de Educação Ambiental. 2006.
11.SATO, Michèle . A história de vida e a pesquisa-ação como espaços de formação do professor. 2005.
12.SATO, Michèle . Nível de elaboração interdisciplinar a partir dos temas transversais propostos pelo MEC através dos parâmetros curriculares nacionais no cotidiano escolar. 2005.
13.SATO, Michèle . V Congresso ibero americano de educação ambiental. 2005.
14.SATO, Michèle . I congreso ibero americano de la cultura das aguas. 2005.
15.SATO, Michèle . III Encontro de Pesquisa em educação ambiental. 2005.
16.SATO, Michèle . Programa Nacional de Sindicalistas como educadores ambientais. 2005.
17.SATO, Michèle . Pátio - Revista Pedagógica. 2005.
18.SATO, Michèle . ANÁLISE E AVALIAÇÃO DAS METODOLOGIAS UTILIZADAS PELA EMPRESA FLORESTAL PARA INTEGRAR GESTÃO AMBIENTAL COM AS COMUNIDADES LOCAIS. 2005.
19.SATO, Michèle . Manejo dos recursos naturais e educação na comunidade rural de Vila Aparecida (distrito do município de Cáceres/MT). 2005.
20.SATO, Michèle . Projeto MANU: projeto meio ambiente na universidade. 2005.
21.SATO, Michèle . PREÁ: Projeto de Educação Ambiental. 2004.
22.SATO, Michèle . Produção sustentável. 2004.
23.SORRENTINO, Marcos ; SATO, Michèle . Municípios educadores sustentáveis. 2004.
24.SATO, Michèle . O discurso da terra: sentidos sobre a escola. 2004.
25.SATO, Michèle . Elementos e práticas constituintes de uma educação coletiva do campo em escola do MST. 2004.
26.SATO, Michèle ; MATOGROSSO, Secretaria de Estado de Educação de ; EDUCAÇÃOAMBIENTAL, Grupo Pesquisador Em . Projeto de Educação Ambiental (PREÁ) da SEDUC. 2004.
27.ANA, Agência Nacional das Águas ; SATO, Michèle . Programa de Ações Estratégicas (PAE) para o gerenciamento integrado do Pantanal e da bacia do Alto Paraguai. 2004.
28.SATO, Michèle . Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental. 2003.
29.SATO, Michèle . II Simpósio Sul-Brasileiro de Educação Ambiental. 2003.
30.SATO, Michèle . II Encontro de Pesquisa em Educação Ambiental. 2003.
31.SATO, Michèle . Seminário Educação 2003: trabalho e educação. 2003.
32.SATO, Michèle . Tópicos en educación ambiental. 2003.
33.SATO, Michèle . Programa de Pesquisa da UNEMAT. 2003.
34.SATO, Michèle . Projeto de pesquisa avaliativo da efetividade de um processo de intervenção didático pedagógico da universidade junto à rede de ensino na cidade de Cáceres. 2003.
35.PARDODÍAZ, A. ; SATO, Michèle . Educação ambiental como projeto. 2002.
36.SATO, Michèle . Educação ambiental. 2002.
37.SATO, Michèle . Editoria científica. 2002.
38.SATO, Michèle . Fundação de Apoio à pesquisa, DF. 2002.
39.SATO, Michèle . OLAM - revista de ciência e tecnologia. 2002.
40.SATO, Michèle . Greening Schools Grounds. 2001.
41.SATO, Michèle . Capacitação a Distância em Saúde Ambiental e Gestão dos Resíduos de Serviços de Saúde. 2001.
42.SATO, Michèle . Prêmio Tião Sá. 1997.



(fonte:http://buscatextual.cnpq.br )







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PREÂMBULO

 Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro reserva, ao mesmo tempo, grande perigo e grande esperança. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos nos juntar para gerar uma sociedade sustentável global fundada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade de vida e com as futuras gerações.

TERRA, NOSSO LAR

 A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, é viva como uma comunidade de vida incomparável. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade de vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todos os povos. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.

A SITUAÇÃO GLOBAL

 Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, esgotamento dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos eqüitativamente e a diferença entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e são causas de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis.

DESAFIOS FUTUROS

 A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais em nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem supridas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais e não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos no meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados e juntos podemos forjar soluções inclusivas.


RESPONSABILIDADE UNIVERSAL

 Para realizar estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com a comunidade terrestre como um todo, bem como com nossas comunidades locais. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual as dimensões local e global estão ligadas. Cada um compartilha responsabilidade pelo presente e pelo futuro bem-estar da família humana e de todo o mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo dom da vida e com humildade em relação ao lugar que o ser humano ocupa na natureza.
Necessitamos com urgência de uma visão compartilhada de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à comunidade mundial emergente. Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, interdependentes, visando a um modo de vida sustentável como padrão comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos e instituições transnacionais será dirigida e avaliada.
PRINCÍPIOS
  
           I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA


1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.
  1. Reconhecer que todos os seres são interdependentes e cada forma de vida tem valor, independentemente de sua utilidade para os seres humanos.
  2. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.
2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.
  1. Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais, vem o dever de prevenir os danos ao meio ambiente e de proteger os direitos das pessoas.
  2. Assumir que, com o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder, vem a
    maior responsabilidade de promover o bem comum.
3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.
  1. Assegurar que as comunidades em todos os níveis garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais e proporcionem a cada pessoa a oportunidade de realizar seu pleno potencial.
  2. Promover a justiça econômica e social, propiciando a todos a obtenção de uma condição de vida significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.
4. Assegurar a generosidade e a beleza da Terra para as atuais e às futuras gerações.
  1. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras.
  2. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apóiem a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra a longo prazo.
II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA


5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial atenção à diversidade biológica e aos processos naturais que sustentam a vida.
  1. Adotar, em todos os níveis, planos e regulamentações de desenvolvimento sustentável que façam com que a conservação e a reabilitação ambiental sejam parte integral de todas as iniciativas de desenvolvimento.
  2. stabelecer e proteger reservas naturais e da biosfera viáveis, incluindo terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural.
  3. Promover a recuperação de espécies e ecossistemas ameaçados.
  4. Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que
    causem dano às espécies nativas e ao meio ambiente e impedir a introdução desses
    organismos prejudiciais.
  5. Administrar o uso de recursos renováveis como água, solo, produtos florestais e vida marinha de forma que não excedam às taxas de regeneração e que protejam a saúde dos ecossistemas.
  6. Administrar a extração e o uso de recursos não-renováveis, como minerais e combustíveis fósseis de forma que minimizem o esgotamento e não causem dano ambiental grave.
6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução.
  1. Agir para evitar a possibilidade de danos ambientais sérios ou irreversíveis, mesmo quando o conhecimento científico for incompleto ou não-conclusivo.
  2. Impor o ônus da prova naqueles que afirmarem que a atividade proposta não causará dano significativo e fazer com que as partes interessadas sejam responsabilizadas pelo dano ambiental.
  3. Assegurar que as tomadas de decisão considerem as conseqüências cumulativas, a longo prazo, indiretas, de longo alcance e globais das atividades humanas.
  4. Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.
  5. Evitar atividades militares que causem dano ao meio ambiente.
7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.
  1. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.
  2. Atuar com moderação e eficiência no uso de energia e contar cada vez mais com fontes energéticas renováveis, como a energia solar e do vento.
  3. Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência eqüitativa de tecnologias
    ambientais seguras.
  4. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda e habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam às mais altas normas sociais e ambientais.
  5. Garantir acesso universal à assistência de saúde que fomente a saúde reprodutiva e a reprodução responsável.
  6. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material num mundo finito.
8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover o intercâmbio aberto e aplicação ampla do conhecimento adquirido.
  1. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada à sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.
  2. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em todas as culturas que contribuem para a proteção ambiental e o bem-estar humano.
  3. Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção ambiental, incluindo informação genética, permaneçam disponíveis ao domínio público.
III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA


9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental.
  1. Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, alocando os recursos nacionais e internacionais demandados.
  2. Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma condição de vida sustentável e proporcionar seguro social e segurança coletiva aos que não são capazes de se manter por conta própria.
  3. Reconhecer os ignorados, proteger os vulneráveis, servir àqueles que sofrem e habilitá-los a desenvolverem suas capacidades e alcançarem suas aspirações.
10. Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma eqüitativa e sustentável.
  1. Promover a distribuição eqüitativa da riqueza dentro das e entre as nações.
  2. Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em desenvolvimento e liberá-las de dívidas internacionais onerosas.
  3. Assegurar que todas as transações comerciais apóiem o uso de recursos sustentáveis, a proteção ambiental e normas trabalhistas progressistas.
  4. Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais
    atuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas
    conseqüências de suas atividades.
11. Afirmar a igualdade e a eqüidade dos gêneros como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência de saúde e às oportunidades econômicas.
  1. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda violência contra elas.
  2. Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida econômica, política, civil, social e cultural como parceiras plenas e paritárias, tomadoras de decisão, líderes e beneficiárias.
  3. Fortalecer as famílias e garantir a segurança e o carinho de todos os membros da
    família.
12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, com especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.
  1. Eliminar a discriminação em todas as suas formas, como as baseadas em raça, cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.
  2. Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras e recursos, assim como às suas práticas relacionadas com condições de vida sustentáveis.
  3. Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os a cumprir seu
    papel essencial na criação de sociedades sustentáveis.
  4. Proteger e restaurar lugares notáveis pelo significado cultural e espiritual.
IV. DEMOCRACIA, NÃO-VIOLÊNCIA E PAZ


13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e prover transparência e responsabilização no exercício do governo, participação inclusiva na tomada de decisões e acesso à justiça.
  1. Defender o direito de todas as pessoas receberem informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades que possam afetá-las ou nos quais tenham interesse.
  2. Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais e promover a participação significativa de todos os indivíduos e organizações interessados na tomada de decisões.
  3. Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de reunião pacífica, de associação e de oposição.
  4. Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos judiciais administrativos e independentes, incluindo retificação e compensação por danos ambientais e pela ameaça de tais danos.
  5. Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.
  6. Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios ambientes, e atribuir responsabilidades ambientais aos níveis governamentais onde possam ser cumpridas mais efetivamente.
14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.
  1. Prover a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas que lhes permitam contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.
  2. Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências, na educação para sustentabilidade.
  3. Intensificar o papel dos meios de comunicação de massa no aumento da conscientização sobre os desafios ecológicos e sociais.
  4. Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma condição de vida sustentável.
15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.
  1. Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e protegê-los de sofrimento.
  2. Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem sofrimento extremo, prolongado ou evitável.
  3. Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies não visadas.
16. Promover uma cultura de tolerância, não-violência e paz.
  1. Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre todas as pessoas, dentro das e entre as nações.
  2. Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboração na resolução de problemas para administrar e resolver conflitos ambientais e outras disputas.
  3. Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até o nível de uma postura defensiva não-provocativa e converter os recursos militares para propósitos pacíficos, incluindo restauração ecológica.
  4. Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em
    massa.
  5. Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico ajude a proteção ambiental e a paz.
  6. Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade maior da qual somos parte.
O CAMINHO ADIANTE
Como nunca antes na História, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa destes princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos da Carta.
Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável nos níveis local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo global que gerou a Carta da Terra, porque temos muito que aprender a partir da busca conjunta em andamento por verdade e sabedoria.
A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Entretanto, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade tem um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade efetiva.
Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um instrumento internacionalmente legalizado e contratual sobre o ambiente e o desenvolvimento.
Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação dos esforços pela justiça e pela paz e a alegre celebração da vida.


(Fonte:http://www.cartadaterrabrasil.org)